Em tempos de alta tecnologia e mudanças repentinas, a essência que une duas pessoas se perdera com o turbilhão em que vive o mundo atualmente.
Os relacionamentos, que eram construídos com base no amor, afeto e compreensão, parecem não fazer mais sentido na era das mensagens instantâneas e amores imediatos. Amores que não dispõe de paciência e faz do valor humano algo irrelevante, amores formados por relacionamentos que se abastecem da conta bancária, status no facebook, fotos, atualizações e egocentrismo para serem vivenciados.
E como uma “modinha’’ que surge em nosso cotidiano, namorar virou moda onde a busca apenas por uma companhia é o principal objetivo. Desfrutar da própria solidão te faz um fracassado, Deus o livre. O sentimento do próximo fica em segundo plano quando a aparência fala mais alto, a beleza exterior tornou-se para esse novo padrão de relacionamento a principal qualidade de uma pessoa.
Diariamente somos bombardeadas por timelines com declarações extensas e fotos aparentemente românticas, onde a internet se tornou a vitrine da felicidade hipócrita. Felicidade que necessita de curtidas e exibicionismo, que grita para o mundo: – olha como eu sou feliz!
Só que esta felicidade não conhece o caminho do amor. Daquele amor genuíno que acontece nos detalhes, que leva tempo e dedicação para se concretizar, que se realizam numa simples troca de olhares, nos faz esboçar sorrisos bobos e, no silêncio, fala ao coração do outro as maiores declarações.
O amor entra em depressão ao ver que a sua vontade de preencher a vida já não é levada a sério, que palavras já não traduzem sentimentos, mas sim interesses superficiais. O amor recitado por Vinícius de Moraes é oferecido apenas como forma de conquista e não como refúgio da alma.
Os relacionamentos por status ostentam a vaidade, fazem de humanos apenas seres que agregam valor aos camarotes e à sua mente fútil, não suprem as reais carências humanas e, certamente, não evitam as frustrações de um relacionamento de aparência.
Na geração do desapego gostar de alguém é sinônimo de sofrimento, pois se apaixonar é sofrer – os fortes não se apaixonam propagam os incrédulos no amor aos quatro ventos. Mal sabem que a energia para a nossa breve existência da vida depende do amor, com toda a sua vitalidade e transformação que ele causa em nós.
Dizem que o amor nos faz pessoas diferentes, acredito fielmente nisso, porque ele nos faz ser alguém melhor, joga a nossa mesquinhez no lixo e faz nascer a gratidão, restaura o coração torturado e iludido, reacende a profundeza da alma mergulhada na escuridão. Uma nova visão sobre o mundo é apresentada diante de nós, todo o amargo da tristeza se converte em alegria.
Não tenha medo de ser uma “exceção’’, edifique seu relacionamento em sentimentos puros, o amor lhe espera lá fora, saia de si mesma e abrace a felicidade encontrada nas coisas verdadeiras.